segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Soneto da quietude

Apago as luzes, e a escuridão completa a quietude
O silêncio só é quebrado pela doce tristeza de Davis
E enquanto caírem as folhas de outono na cidade
Cairão lágrimas e lágrimas por esses nefastos canais...

A cama parece chamar meu nome
E a música preenche o presente vazio
E a solidão, que se farta a matar sua fome
Me pega no colo, me deixa menos arredio

E apenas ouço, soluço e me calo
Flagro a cabeça acompanhando o ritmo
Sinto o coração trotar como trota um cavalo

E deixo a poesia dizer o que não falo
Demonstrando a fraqueza do meu íntimo
E fazendo minha mente acordar, num estalo.

3 comentários:

Alter Ego disse...

Na escrita é o que expressamos tudo o que a boca não consegue expelir. Mas são poucas as pessoas que conseguem fazer 'soar' tão bem suas opiniões, sentimentos e vontades através das palavras. =]

Camila Santos. disse...

"Na escrita é o que expressamos tudo o que a boca não consegue expelir. Mas são poucas as pessoas que conseguem fazer 'soar' tão bem suas opiniões, sentimentos e vontades através das palavras. =]"


e você é um desses poucos.
beijos, meu orgulho

Pedreira disse...

Repito o que Paula disse também.
Suas palvaras escritas falam mais que sua voz. E soam lindamente.
Eu sou fã. =D