quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Espelho

70ª Postagem

Como me doem esses calos de saudade
Que estouram como aneurismas em minh’alma
Que fazem com que minha agonia berre por calma
Que levam minha razão às portas da insanidade

Como são explosivos esses momentos de quietude
Que se vão, quando minha mente desarma
E a solidão, que em todos os momentos me chama
Se faz presente, sempre, com tamanha magnitude

E em momentos de intensa fragilidade
É nos seus braços que procuro conforto
Nas suas balbucias, percebo não estar ainda morto
E são em seus lábios em que busco a minha verdade

É no seu ombro que choro lamentos
E que escondo esse meu sorriso forçado
São aos seus ouvidos que não me mantenho calado
E só você escuta meus pobres sentimentos

Quando me deixas? Provavelmente jamais...
Agora que a dor já entorpeceu, o grito calou, e a visão esmoreceu
Agora, que até a minha saúde já adoeceu
Não me deixe sozinho... agora não mais.

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