sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Onde se esconde o pensamento?

Onde se escondeu a sua presença
Que em tantos rostos procuro?
Onde estão os pedidos dessa torpe licença,
E como encontrar os teus passos neste escuro?

Por que te desencontras do meu anseio
Se quando sedento, me furtas a fonte?
Quando farto, me oferece conforto em teu seio
E quando livre, quer me mostrar o conhecido horizonte...

Onde se escondeu essa sua falta
Que todos os dias teima em me doer?
E que dor é essa? Permanente, constante, primata...
Que me corrói pelo simples prazer de corroer?

Onde se esconde o intelecto
Nessas horas em que grita o sentimento?
E nas horas em que tenho o coração infecto
Onde se esconde o pensamento?