segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Filo-sofia

Lembra que costumava doer?
Que tínhamos feridas que nos esforçamos pra esconder?
E que, assim, é possível fingir que não mais as temos?

Lembra que os planos eram outros?
E que era desejável ser diferente?
Lembra que se esconder não era o certo?
E que se alguém risse, ou se empolgasse
Era assim que deveria ser?

Lembra que o moralismo era apenas uma etiqueta?
Que, na verdade, não dizia nada?
E que o que contava era a energia, antes do rótulo?
Lembra que os limites deveriam ser
Apenas motivação para evoluir?

Quando se tornaram de tamanha importância
Os limites, os rótulos, as mesmices?
Quando é que fomos reduzidos a repetições?
E a ridículos rituais
Que extinguem as interrogações das cabeças?

Quando é que a seriedade tomou esse rumo?
Que o crescimento teve sua definição desviada?
Quando é que se tornar adulto virou escravidão?

Quando é que o cansaço se tornou agonia?
E o tédio, parceiro?
Quando é que surgiu a tristeza
Que ensurdece a poesia?

2 comentários:

Unknown disse...

2 anos de tédio,dois anos de agunia..dois anos de ida a brasilia..dois anos de dor icomensuravel...dois anos sem vida...dois anos....
=)

Unknown disse...

2 anos de tédio,dois anos de agunia..dois anos de ida a brasilia..dois anos de dor icomensuravel...dois anos sem vida...dois anos....
=)