sábado, 8 de outubro de 2011

Estou vivendo a sozinhez
e devo confessar
que esta sozinhez

Até que me é agradável.

Tem um barulho enorme
no silêncio dos lugares onde
não estou.

E aqui fora
esse silêncio chega a doer os ouvidos.

A ocupar um espaço enorme
no tempo.

A quase ter matéria e sentar-se do meu lado
e me pedir uma dose, um trago
e um afago

e deitar sua cabeça em meu colo,
me contar da familia
e de como a terça passada

foi difícil, no mundo dos silêncios...

Aqui fora, o silêncio
se empossa de sua subjetividade

E quase me toca,
com sua mão fria de silêncio.

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