E a solidão que ele carrega,
Bem como o silêncio que se emprega
Neste agridoce acalento...
Tenho apreço pela loucura.
E, eu e ela, temos verdadeira amizade
Chego a ter nojo da normalidade
Que é imposta, lasciva, impura...
Tenho imenso respeito pela morte
Que vem, e sem erro finaliza
Tudo o que é vivo, sendo unica certeza
E lançando a todos essa sorte...
Compreendo, também, certas dores
Que mantém viva a realidade
Que mantém presa na intimidade
Saudades, lugares, rancores...
...Palavras, nomes, amores
Que se vão, com um que de lástima
E que se afoga, se desabafa em lágrima
E indiferenças, mentiras, pudores
Tenho asco ao superficialismo
E as ditaduras que o acompanha
E as ditaduras que o acompanha
Tenho pena daquele que apanha
E toma pra si esse facismo
E ante ao facismo
Que muitos tem por escolha
Que te diz que compre, não plante, não colha
E que transforma tudo num abismo;
Canto repressão às repressões
E peço sinceras desculpas
Se já pulaste, com tuas roupas
No abismo, faminto de depressões...
Mantenho-me cego às suas marcas
E surdo, sou às suas finezas...
Sou totalmente mudo à certas belezas
E insensível a todas estas estacas...
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