Golpes de Foice

Os muitos passos, eu guardo na memória.
E os encontros, deixo a julgamento da casualidade
As análises, a mercê da honesta sinceridade
E a escrita, é responsabilidade da história.

Ela vem, me senta no colo, e invade minha alma
Me faz carinhos com a frieza de suas mãos
Me toma o sono, com sonhos que sempre são em vão
Retira o sorriso, o brilho nos olhos, a esperança e a calma

E quando eu a taxo de cruel
Ela me mostra com paciência
Catalisa minha pequena inteligência
E se mostra companheira fiel

Eu a entendo, como ninguém é capaz
Agradeço seus ensinamentos e sua sabedoria
Seus devaneios, sua pontualidade e sua mão fria
Que fica comigo, quando tudo já é fugaz.