E de repente nossos corpos deixam-se cair sobre o vermelho sofá. Infelizmente, porém, eles não se encontram mais unidos. Ao contrário, estão separando-se. O recebimento das palavras ecoa em meu corpo, como se vazio ele estivesse, e a frieza com que são ditas era tal qual a de um algoz que fere a sua vitima. Embora tivesse certeza do insucesso, tento argumentar. Do argumento, parto para o pedido. Sendo sempre negado, corri para a piedade. Minha humilhação torna-se completa com a queda de uma lágrima. Solitária, ela convida suas comparsas a correrem meu rosto. O que se assiste então é a uma enxurrada de lágrimas que se atropelam olhos abaixo, e que só cessam com um toque.
Ah! Um toque! Suas mãos tocam-me o rosto e de repente a memória me joga para um tempo. Tempo no qual nossos lábios se tocavam, nossas mãos se encontravam e nossos corpos se fundiam, e neste mesmo sofá vermelho desabavam em amor. O sentimento torna-se tão grande que eu posso sentir o cheiro, o gosto, até mesmo a temperatura de outrora...
Como um brusco despertar suas palavras soam aos meus ouvidos e eu a escuto dizer: “Acabou”. Então eu abro os olhos e a sombra da realidade me abraça, me fazendo perceber que tudo não passou de um consolo e de um devaneio.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
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Um comentário:
a brevidade da vida,
dos momentos..
=/
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